terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Trauma de infância

Quando eu era pequeno, aconteceu um episódio que marcaria a minha vida de diversas maneiras, de um jeito tal que iria me perseguir pelo resto dos meus dias.

Uma vez, estava assistindo televisão, devia ter uns seis ou sete anos. Era um pequeno rapaz, acostumado com o rosto de pessoas que não conhecia pessoalmente, mas que eram meus companheiros nas tardes e noites de chuva mais grossa (de manhã, era aula). Sabia de cor os nomes de vários artistas de TV: Miele, Jô Soares, Lima Duarte, Walter Avancini... Mas nunca consegui distinguir o Mário Lago e o Paulo Autran. Nunca. Sempre que aparecia um dos dois na caixa colorida, vinha-me a dúvida: "Será que é o Mário Lago ou o Paulo Autran?".

Assim minha mente cresceu confundida. Qual dos dois era o Paulo Autran? E essa dúvida manteve-se em minha mente até 2002. O pai de Amélia tinha enfisema pulmonar. Veio a falecer, sanando momentaneamente minha cabeça cheia de dúvidas.

Agora era simples: Quando a imagem aparecesse em velocidade normal, era o Paulo Autran. Quando a imagem aparecesse em câmera lenta, com música de fundo, ou ainda quando a imagem aparecesse no Globo Repórter, era o Mário Lago. Durante alguns anos, vivi em paz com minha consciência, por saber diferenciar os dois.

Infelizmente, ano passado faleceu Paulo Autran. Agora as duas imagens aparecem em câmera lenta, com uma música de piano do Richard Clayderman de fundo. Velhos traumas sempre nos assombrarão.

15 comentários:

Preco disse...

Duas horas de post, e ninguém fez a piadinha infame do "Que Mário?", por causa do Mário Lago...

Acho que estamos chegando num nível sócio-cultural mais alto..

Daqui a pouco faremos piadas que nem nós mesmos vamos entender =P

Lelo disse...

Seja forte meu amigo! Por que não grava uma dessas reportagens e edita, colocando um som mais animado ou até mesmo um bigode postiço nos coroas, e acelera um pouco a fita, mas tome cuidado, ao natural eles já eram um pouco lentos, por causa do leite de magnesia, ops, não foi flatulentos que escrevi...

Dulce Miller disse...

O Preco abriu o baú e revelou seus traumas mais secretos...hummmmmmm...Achei tão sinistro isso...depois ainda dizem que Amélia é que era mulher de verdade...hummmmmm...

Aparecido José (Crazyseawolf) disse...

Meu trauma de infância era ver aquela menininha no comercial de uma certa margarina abrir o bocão e abocanhar sem dó. Até hoje quajdo passo a margarina num pão, olho para os lados para ver se ela não está por perto...

Lelo disse...

É cidão, é sempre bom ser precavido.. Porém, a julgar pelo tempo que passou, tomara que ela esteja fazendo um bom uso da boca... Talvez seja tarde demais para dizer: criamos um monstro...

Preco disse...

It's a kind of magic... (magic)

Dulce Miller disse...

E eu conheço o Mário ;)

Preco disse...

(até que enfim...)

Que Mário???

Aparecido José (Crazyseawolf) disse...

Du, não responda!

Dulce Miller disse...

auhauhauhauahauahauahuahauhauaha...eu heim!!!
Bem capaz!!!

Didgio disse...

..saudade do serginho malandro...

Preco disse...

Acho que vocês não notaram, mas agora os meus posts sempre têm alguns links, para melhor compreensão (ou pra confundir ainda mais), o que torna a leitura do post um processo interativo \o/

O próximo passo é colocar um vírus em um dos links do post. Chamarei isso de "Roleta Russa Google"

[]'s

Didgio disse...

tenta algo do tipo..

document.confirm("Você deseja mesmo estar aqui?");

Dulce Miller disse...

Tô com medo... :(

Anônimo disse...

Por que nao:)